Jul 27, 2007

O Final

“…Sentada junto ao mar, respirou fundo, fechou os olhos e, recordou aquele brilho do luar, que tantas vezes fez parte do imaginário.
Abriu os olhos e viu que a realidade não era o que imaginara. Afinal, aquela história que podia ter sido inesquecível, não foi mais do que um bom momento…
É sempre com muita emoção que se desfolha a última página.
Então, pensou durante longas horas, debaixo daquele luar, que nada mais fazia sentido. Sintetizou as ideias, tentou entender o porquê de acabar aquele livro? Logo aquele que tanto quisera ter…
Relembrou algumas palavras soltas, e entendeu que valeu por todos os sentimentos vividos em cada linha lida, em cada palavra saboreada, valeu pela sensação do toque ao desfolhar, valeu pelas horas de prazer que proporcionou, valeu porque aprendeu ainda mais, foi uma mais valia para o enriquecimento da sua alma.
No fim, fechou o livro e entendeu que aquele ciclo terminara.
A mistura de sentimentos fizeram-na arrepiar. Enquanto acreditava que era bom, o coração batia num ritmo pouco uníssono, estava descoordenado. Novamente, ele batia fora do ritmo, como se fosse independente. Não queria anuir com a decisão dela…”

1 comment:

Anonymous said...

E se não existissem finais?
E se apenas existissem novos principios?

E se lesses um livro que não tivesse última página?

E se todas as últimas páginas de todos os livros fossem as primeiras de outros livros?

tudo estaría explicado...