Jul 16, 2007


"Às vezes, ouvia dentro de si uma voz suave e meiga, que lhe recordava docemente as coisas esquecidas, que se queixava docemente...tão docemente que mal a ouvia.
De súbito, compreendeu claramente que levava a vida estranha, fazia muitas coisas que não passavam de um jogo, sentia-se alegre e, algumas vezes, experimentava prazer, mas que a verdadeira vida passava por ele e não lhe tocava.
Como um jogador que joga, ele jogava com os seus negócios e com as pessoas que o cercavam, observava-as e divertia-se com elas.
Mas o seu coração, a sua verdadeira natureza, não entravam no jogo.
A sua verdadeira personalidade vagueava algures, muito longe, prosseguia o seu caminho invisivelmente e não tinha nada a ver com a sua vida."